"A declaração de morte coletiva feita por um grupo de Guaranis Caiovás demonstra a incompetência do Estado brasileiro para cumprir a Constituição de 1988 e mostra que somos todos cúmplices de genocídio – uma parte de nós por ação, outra por omissão" Eliana Brum, revista Época
O caso da expulsão dos índios de um prédio abandonado, nesta última sexta-feira, 22 de Março de 2013, no Rio de Janeiro, tem de mais grave o desprezo pelas raízes indígenas da nação, pelos antepassados, pela sua própria história. Com mais este ato repugnante, o Estado brasileiro assina mais um de incontáveis atestados de incompetência de cumprir a Constituição de 1988. Por fim, acho que é importante frizar (se bem que, não fez a menor importância para o governador Sérgio Cabral), que o prédio abandonado abrigava o museu do índio. A reintegração de posse foi, então, o encerramento com chave de ouro do descaso "Aldeia Maracanã"...(engraçado, esse nome reintegração. Não se aplica, ao bem da verdade. Afinal, ao menos moralmente, o museu pertencia ao povo indígena. Continuará pertencendo...).
Assistindo as imagens na televisão, logo me veio à mente a narração de uma carta do índio Guaicaipuro Cuatemoc, por Antônio Abujamra, no Programa Provocações da TV Cultura (vídeo abaixo). A carta mais parece um poema. Algo fascinante, pela verdade, pela intensidade, pelo sentimento aflorado pelas palavras escritas e pela narração.
Infelizmente temos que conviver com esses absurdos
ResponderExcluirSinceramente acho que os indios deveriam ter saido de lá sem problemas. Afinal de contas o prédio será reformado!
ResponderExcluirserá reformado mas abrigará um museu olímpico. não será mais "terra indígena". o governo prometeu um construir um local desde 2006, quando os índios passaram a ficar lá. so que, sete anos depois, eles nem iniciaram a obra...
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluir